quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Tem lugar até pra gente!

Olá!
As aulas na faculdade voltaram nesta segunda-feira, dia 06 de julho, por isso estive ausente do meu querido blog.
Agora que estou de volta entrarei de verdade (e de cabeça) no propósito do flog: contar e explicar (ou não) o que acontece em uma sala de estudantes de jornalismo.
Como o próprio nome do blog já diz, somos todos OSTRAS, produzimos muitas pérolas por dia.

Bom, estamos conhecendo novos professores e com isso novas brincadeiras surgem, novos tics são notados e muitas pérolas são produzidas... A primeira pérola veio hoje, quarta-feira (demorou não?), mas para ela ser compreendida, precisarei começar pelo começo (e viva o pleonasmo!).

A professora de Oficina de Redação nos entregou um textículo (é um texto pequeno na gíria acadêmica jornalística), e propôs que lêssemos juntos, ou seja, ela leria em voz alta.
O título da matéria era "Comerciante corta o saco escrotal do ex". O que nos fez pensar que se tratava de um casal homossexual, pois "Comerciante" está sem o artigo "A" antes. Continuando, o subtítulo dizia: "Acusado invadiu casa da vítima para tentar estuprá-la. Mulher, que foi agredida, pegou estilete ao lado da cama e o atingiu. Ex-marido está preso". Como assim??? O que o ex-marido tem a ver com vítima ou acusado? Está preso? Ok, ainda não estava nada claro... Conseguimos, depois de muito esforço coletivo, descobrir que a reportagem se tratava da quarta tentativa de estupro de um homem (Cardoso) à sua própria ex-mulher, a tal comerciante do título, que na quinta tentativa de seu ex, deixou-o aleijado de uma das bolas. Para não encompridar muito esse meu post, não vou transcrever a matéria toda, apenas alguns erros de coesão, coerência e tudo aquilo que aprendemos (ou deveríamos aprender) na escola. Um deles é dizer que o crime foi "na última sexta-feira" e logo no próximo parágrafo escrever que "ocorreu na madrugada de sábado, por volta das 3hs". Entre dezenas de erros, o jornalista nos confunde, dizendo que " a vítima foi encaminhada com inicio de hemorragia à Santa Casa de São Paulo" se referindo ao cara que parágrafos antes ele chamou de agressor e acusado, ou seja, quem é afinal a vítima para o responsável pela matéria? Depois de lermos o textículo eu disse à professora que, na verdade, quem deveria ser preso era o jornalista! Depois de muitas risadas e comentários tão absurdos quanto a matéria, um "colega" de curso me solta a primeira pérola do semestre, preparem-se para ler um absurdo dito por um aspirante a jornalista que está no 4º semestre do curso, deve ter no mínimo 30 anos de idade e deveria no mínimo saber falar e escrever português. Nosso querido "ostra" levantou a mão e perguntou com voz firme: "professora, para não ficar muito repetitivo eu poderia trocar o nome Cardoso por um sinônimo? Tipo acusado ou agressor?"... O quê??? Qual seria o sinônimo de Cardoso? Acusado? Agressor? Será que nosso companheiro confundiu sinônimo com pronome? Tomara que tenha sido isso, senão estamos perdidos! Uma amiga, a Ingrid, ainda brincou dizendo: "Vou começar a dizer que sou Cardoso da situação, ou ainda que fui Cardoso injustamente!". No final da aula a professora ainda disse, sobre o autor da matéria, levantando o textículo: "Se esse cara está empregado, vocês também conseguem!", realmente... O semestre está só começando, muita água ainda vai rolar e muita pérola será produzida, o que deixará esse blog mais divertido!

Beijos a quem os mereça!

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai Lulu que feio ficar "cardosando" os colegas, viu?! Hahahaha... Que venham mais pérolas pro seu blog e pra nossa alegria. "E vou repetir novamente" você é minha ostra preferida. Pronto falei!